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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Provas de Dressage

Retirado do regulamento da Federação Equestre Portuguesa.

Ao nível de competição nacional, são estabelecidos os seguintes graus de dificuldade: Preliminar, Elementar, Médio e Complementar.

1 - Grau Preliminar (P)

Visa iniciar o cavalo nos princípios básicos da dressage de competição. Conquistada a confiança do poldro na domesticação, o cavaleiro deve, durante o desbaste, garantir a calma empregando ajudas simples e suaves, às quais o jovem cavalo seja capaz de obedecer sem tentar furtar-se ou lutar contra elas.

Nestas provas, procura-se o movimento solto e ritmado para diante, em descontracção física e moral, entrando o cavalo nas rédeas (para se encostar). Mais do que a precisão da execução, interessa a progressividade e o comportamento obediente do cavalo novo.

Andamentos de trabalho, círculos grandes, transições progressivas e curta imobilidade, podem ser pedidos.



2. Grau Elementar (E)

Já iniciados nas lides da dressage, o cavalo e cavaleiro têm agora que demonstrar que o fizeram de forma correcta, movimentando-se o animal com a facilidade resultante não só das bases anteriores, mas também da adaptação, controlada pelo cavaleiro, da encurvação da sua coluna vertebral à curvatura ou à rectitude do exercício pedido.

Para além daquela obediência calma e descontraída, está já em causa a prontidão de resposta às ajudas impulsivas, aceitação e procura do contacto com a mão do cavaleiro.

São manifestações desta suave mas inequívoca resposta às ajudas, a fixidez da atitude.

Aumentos de amplitude das passadas, círculos médios, serpentinas a trote, esboços de serpentina a galope e cedência à perna, podem ser pedidos.



3. Grau Médio (M)

Controlada lateralmente a linha de cima (coluna vertebral com os músculos e ligamentos que a acompanham), há que desenvolver a sua flexibilidade longitudinal, a partir de uma activação e entrada dos posteriores para debaixo da massa, sem precipitação do andamento ou alteração da colocação e manutenção do cavalo na mão.

Estas provas já exigem progressos no equilíbrio e na impulsão, que permitam ao cavaleiro, concentrar ou alargar os andamentos, bem como movimentos laterais. Digamos que o início da concentração, sem qualquer excesso ou bloqueio no quadro de ajudas do cavaleiro, vai começar a gerar uma certa distinção nos andamentos do cavalo.

Andamentos concentrados, médios e largos, galope invertido ou ao revés, recuar, espádua a dentro, ladear, meia-pirueta a passo, passagens de mão simples (com transição pelo passo) e passagens de mão isolados sem precisão de local, podem ser pedidos.

Grau de dificuldade é equivalente ao grau “Children” do RGE/FEI.



4. Grau Complementar (C)

Correspondendo ao grau de dificuldade mais elevado previsto neste Regulamento, estas provas foram concebidas para verificar se o cavalo já adquiriu, não só um elevado grau de impulsão e equilíbrio mas também a necessária rectitude e concentração, sempre sem alteração do contacto elástico.

A mais completa sujeição na concentração e na extensão, deve manifestar-se por transições correctas, isto é, enérgicas mas suaves, com clara conversão de amplitude em elevação nos encurtamentos, e vice-versa nos alargamentos, sem alteração do ritmo do andamento. A qualidade do ensino resultante da correcta interpretação da “Escala de Treino” (ver art.º 454 deste Regulamento) permitirá ao conjunto ascender às provas de nível Internacional.

Contra-passagens de mão a trote, passagens de mão aproximadas e exercícios preparatórios para as meias piruetas a galope podem ser pedidos.

Grau de dificuldade é equivalente ao grau “Juniors” do RGE/FEI.

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